Correção: Acabei errando no titulo, era pra ser a parte 4
-Consegui acessar
Falei com a voz em tom de empolgação
-Ok, não pega nada a não ser as repostas e notas
Eu estava tremendo, meus dedos pareciam estar digitando sozinhos.
Fiz uma cópia de todos os arquivos, não tinha tempo pra ficar procurando
-Falta muito?
-Falta 20% pra acabar
Ouvi passos acelerados vindo do corredor, Arthur se escondeu, eu paralisei, não consegui me mexer, entrei em pânico, meu coração estava quase saindo pela boca.
-Cheguei, meu deus. Cara, preciso de ar.
Era Isaac, senti vontade de me levantar e socar a cara dele, mas quando pensei em fazer isso , o notebook fez um barulho de notificação, a transferência de arquivos estava completa.
-Consegui!
Falei quase que gritando.
-Boa
-Isso ai
Os dois bateram as mãos, me levantei pra fazer parte daquela comemoração, mas uma voz vinda do corredor disse:
-Quem são vocês?
Gelei, pensei em tudo que iria ter que explicar pros meus pais, nos dias de serviço comunitário que iria ter que aturar.
virei-me de frente pra porta, era só um menino, aparentemente tinha acabado de acordar.
Ficamos em silêncio só olhando pra ele.
-Vocês entendem o que eu digo?
-Sim, nós estamos só dando uma olhada nos computadores.
Disse Isaac tentando dialogar.
-As 2 da manhã?
-Por que você não volta a dormir?
-Vocês sabem que eu tenho que avisar o guarda noturno, não é?
-Não, você não tem
-50 pratas
-O que? Cinquenta? Quer a minha casa junto também?
Mas enquanto eu dizia aquilo Arthur já tinha tirado a carteira e entregado o dinheiro pra ele,
lá foi todo o dinheiro que ganharíamos vendendo as respostas.
O menino não se mexeu, ficou na porta só olhando para nós, olhei pra ele com uma expressão séria, ele demorou pra entender que estava bloqueando a porta.
Enfim ele disse, deixando a nota de 50 cair no chão:
-Nossa, achei 50 pratas aqui no chão, acho que vou voltar pro meu dormitório.
Dando um sorrisinho de satisfação, virou-se indo andando de volta para o dormitório, nesse momento senti muita raiva, senti vontade de ir atrás dele, pegar o dinheiro de volta e fazer algum tipo de ameaça pra ele ficar com medo, mas naquele momento eu só queria sair dali.
Fomos andando até o refeitório, pensei em correr, mas lembrei do combinado.
-Não vamos correr?
-É só agir naturalmente
Depois dessa frase, demos 3 passos e uma voz vinda das nossas constas disse:
-Ei, vocês, voltem pro dormitório,
Viramos, era um guarda, droga.
-E agora?
-Corremos
-Voltem aqui!
Ele começou a correr, ah, ótimo, outra perseguição.
Saímos em disparada para a saída.
-Agir naturalmente é?
Eu disse em meio a respiração ofegante
-Vou chamar a policia!
O grito dele ecoando pelo corredor, me deixando mais nervosa.
Continuamos correndo por aqueles corredores infinitos.
Esquerda, esquerda, direita, esquerda, enfim a saída.
-Nos separamos
Disse Isaac
-Vão direto para a casa!
Os 2 passarão ao mesmo tempo pela porta, eu fiquei para trás, não aguentava mais, minhas pernas estavam falhando, os pulmões queimando, mas quando olhei e vi que o guarda que ainda estava se aproximando, uma adrenalina apareceu, comecei a correr mais rápido, ignorando as dores nas pernas, Eu estava pronta pra correr uma maratona
Parecia que eu estava flutuando. Passei pela saída, subi na calçada e corri, desviando de lixos e pessoas que as vezes apareciam no meio do caminho.
Entrei no bairro mais perigoso da cidade sem olhar para trás, nesse ponto eu nem me importava mais, só queria chegar em casa.
Ouvi a voz do guarda meio distante dizer:
-De mim você não escapa.
Como? Como aquele guardinha de faculdade tinha tanta energia e determinação? Eu precisava parar, recuperar o fôlego, mas eu sabia que se fizesse isso ele me pegaria.
Passei por um grupo de adolescentes, vestidos como rappers americanos, eles estavam conversando, quando me viram pararam, iriam fazer alguma coisa comigo, definitivamente iriam, mas quando notaram que era um guarda me perseguindo disseram:
-Vai fundo branquela!
Outro se levantou e gritou:
-Diallo!
Continuei correndo, mas claro que eu sabia quem era Amadou Diallo, aprendi no segundo ano do ensino médio, ele tinha levado 41 tiros da policia, embora estivesse desarmado. Por um momento, pensei que fosse um aviso que o guarda ia atirar em mim, mas não era nada disso.
Os defensores dos policiais alegaram que, quando Amadou Diallo foi pegar a carteira do bolso, os guardas acharam que se tratasse de uma arma, desde então, sempre que passava algum policial ou guarda, as pessoas em forma de protesto tiravam a carteira do bolso, dando um baque de medo nos policiais.
Foi o que aconteceu. Quando eu passei por eles, alguns se levantaram e tiraram a carteira do bolso, olhei pra trás o guarda tinha parado e se assustado, continuei correndo, mas agora estava sorrindo, mesmo sabendo que aqueles adolescentes eram fora da lei, mas eu não tinha o que dizer deles, eu também era uma.
Nota do autor: Mais uma uma vez peço desculpas pelos erros de português, o capitulo de hoje esta um pouco menor, mas cheio de acontecimentos.
Espero que gostem <3
Fonte Diallo: https://en.wikipedia...f_Amadou_Diallo
Editado por Kanashi, 19 dezembro 2017 - 15:37.
. Foi interessante saber sobre essa do Diallo, desconhecia isto 
.
, muito bom, a cada dia melhorando e melhorando mais. Continue, que eu irei ler com certeza, ainda mais se tiver adrenalina e mais ataques, invasões e grandes fulgas dos guardinhas incansáveis. 
