Janelas fechadas
Percebi que gosto dos raios e trovões
Da sensação
D'água escorrendo sobre meu corpo
Salpicando no chão e penetrando na minha pele
Isso me dá uma ampla sensação
De que a realidade é real
Mesmo já sabendo que existo no verbo existir
Me lembro de Shakespeare
Dizendo que o mundo é um palco
E nós somos os atores
Submetidos a seguir os papéis
Mas o trovão me diz que não
Porque a chuva impede
Quem voa pelos vastos céus
De falar suas falas e de gesticular
Afinal, sei que há algum dramaturgo
Que escreveu algo melhor
Do que papéis e rabiscos
Mas mesmo assim
Por alguns ele não é bem visto
Talvez eu nem goste ao certo
Dos raios e trovões
Devo gostar mais das estrelas
Que as nuvens pueris desvanecem
Mesmo que já tenham morrido
A milhões de anos
É, eu gosto delas
O brilho ainda continua
Porque eu as vejo vivas
Percebi que eu posso
Gostar dos raios e trovões
Até das nuvens pueris
Porque sei que elas estão lá
Mortas porém vivas para mim
As estrelas
Que me fazem olhar em transparente
Para meus olhos no espelho.
. Acho sempre essencial adicionar metáforas em qualquer tipo de obra, dá um aspecto que tal obra é mais trabalhada, além de deixar mais bonito ou dramático dependendo da ocasião hehe
